A escuta é o encontro

Gosto de pensar que é a partir do encontro com o Outro, que nos organizamos, nos reconhecemos e nos sentimos na possibilidade de avançar. Nos encontramos com a gente mesmo, a partir do encontro com o Outro. E cada encontro é inédito.

Gosto de entender o diálogo de forma mais ampla do que a sua própria origem grega: por meio da palavra. Gosto de perceber como a capacidade de um sistema em se ver plenamente, entendendo seus padrões, suposições e interesses. O diálogo é um lugar único, de paciência, de trocas, de humildade e de aprendizado constante, que circula entre todas as vertentes da comunicação verbal e não verbal, incluindo aqui as emoções.

Assim, a possibilidade de liderar mudanças profundas – que é um dos papéis fundamentais do Mediador, tem pouco a ver com conduzir a mudança no Outro. O foco deve estar centrado na melhoria dos relacionamentos com o todo, que possibilitará, desta maneira, a comunicação fluída.